sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O meu amigo Jack

Jack Kerouac é sem dúvida, um reflexo sóbrio, duma geração em pura ascensão, onde a desrição procura na verdadeira identidade cultural uma forma própria, estes conceitos enlaçam a verdadeira razão da essência Humana, a recriação reflui ao seu ponto de origem.
Este Franco-Americano nascido em Lowell – Massachusetts, em 12 de Março de 1922, marca o seu tenebroso percurso como escritor, ressurge no seio de uma época em que o anti-conformismo, expressa-se pelo vigor da palavra Underground.
Jack reintroduz o conceito "Beat", por volta de 1948, forma que descreve grande parte o seu círculo de amigos, originalmente constituído por nomes como; Allen Ginsberg, William S. Burroughts, Gregory Corso...
No desenrolar duma época, repleta de convulsões culturais o "Beat Generation", chamava a atenção da Imprensa escrita, o que se tratava originalmente de uma referência a um pequeno grupo de escritores; Ginsberg, Kerouac ou Burroughs.
É bem provável que esta definição; denote a sua originalidade como sendo uma referência, alusiva apenas ao círculo de Kerouac's.
Assim o gracejo entre os escritores da Geração “Beat” (atribuídos a Gregory Corso e Gary Snyder), persistiu na Imprensa escrita, na qual esta, se prontificou apontar, Ginsberg e Kerouac como líderes. Isto conduz frequentemente à confusão sobre termo, “Beat”.
Poderemos qualificar alguns escritores como parte da "Beat Generation", embora haja uma negação, limitando assim o contexto que a própria Imprensa lhe tinha dado. Existe duas maneiras de identificar os escritores como membros da geração "Beat" considerando esse facto a um âmbito alargado e restrito ao mesmo tempo.
Nesta estreita relação da geração “Beat”, inclui unicamente, os amigos mais próximos, definindo-se de uma forma relativa e consistente, pode incluir-se: Ginsberg, Kerouac, Neal Cassady, Gregory Corso, e Peter Orlovsky. Se o "Beat Generation" define amplamente, este grupo, embora Orlovsky tivesse pouca conexão com New York, já William S. Burroughs, é apontado como sendo, uma das figuras mais proeminentes, mas negou-o sempre! O círculo interno mais próximo acabaria por o incluir. O mesmo acontecia com Kerouac quando era interpelado com o mesmo parecer!!!
Muitos escritores alcançaram o seu apogeu entre 1950 e 1960, no decurso desta década, a transição de ideias, intenções, espontaneidade e a subjectividade, encontrava uma associação directa entre Ginsberg e Kerouac perfeita.
Poetas do renascimento de São Francisco tais como; Gary Snyder, Philip Whalen, Lew Welch, Lawrence Ferlinghetti, Norse Harold, Kirby Doyle, Michael McClure; e também surrealistas como; Philip Lamantia e Ted Joans, compunham esta associação cultural e espontânea, surgia então; Robert Creeley, Denise Levertov, Robert Duncan (embora Duncan, fosse um dos críticos mais acérrimos e o mais activo da "Beat Generation").
Já em New York, surge também, Frank O’Hara e Kenneth Koch, estes são chamados ocasionalmente a segunda vaga do "Beat Generation", nesta definição, incluem-se, nomes, como; LeRoi Jones, Amiri Baraka, Diane DiPrima, Anne Waldman, Bob Kaufman, Tuli Kupferberg, Sanders Do Ed, Wieners De John, Jack Micheline, Ray Bremser, Bonnie Bremser, Bonnie Bremser, Ed Dorn, Brenda Frazer,Jack Spicer, David Meltzer, Richard Brautigan, Lenore Kendal.
Embora surga uma depreciação prévia, pelas escritoras femininas, estas vierão a receber atenção redobrada, tais como; Harriet Sohmers ,Joanne Kyger, Zwerling, Pommy Vega de Janine, Elise Cowen. A nova linha de escritores, daqueles acima mencionados, tais como; Bob Dylan, Ken Kesey, Jim Carroll, Ron Padgett, são ocasionalmente incluídos nesta lista.Charles Bukowski, tem um lugar ténue nesta lista, pelo o facto de a sua associação ser relativamente ligeira. Diversos escritores mais velhos foram associados de uma maneira muito próxima com os membros do "Beat Generation", embora houvesse reputações que solidificaram mais cedo, sendo difícil de integrar como parte da mesma geração.Inclui-se Kenneth Rexroth, que figura à cabeça do renascimento de San Francisco, e de Charles Olson chamada escola da,“Poetry Mountain”. Também, assim muito destes escritores estudaram William Carlos Williams ,é visto como um ídolo e seguido, a voz e a determinação é genuinamente Americana. Os escritores do "Beat", são vistos frequentemente como sendo as crianças de Williams.
Por esta ou outra definição, membros da geração “Beat” eram os novos boémios, centravam-se numa creatividade espontânea. Os estilos de trabalhos podem parecer caóticos, mas o caos é a forma propositada; na qual se encontra a primazia e fundamentos na geração
“Beat”, a emoção aberta. Os escritores do “Beat” produziram um corpo do trabalho escrito, controverso que sibilava os contornos dum estilo de não conformismo, persistente e evocativo. Allen Ginsberg, o reconhecimento do seu trabalho fez ganhar a atenção de âmbito nacional com a publicação de Howl, esta obra de uma experimentação honorável retoca em obscenidade e subleva a sua fama. Este "Beat" um dos mais controversos e famoso; trabalha, com Kerouac's na estrada (escrito em 1952), inicia o caminho para a popularidade, não sendo publicada até 1957, este sentido capitalizou a sua fama trazida por "Howl". Burroughs' em “Naked Lunch” e “Opus and Magnum” foi igualmente interpretado, sob o mesmo contexto e linha. A controvérsia embutida no campo literário, ajudaram liberalizar o que poderia legalmente ser publicado nos Estados Unidos, sobre qualquer forma, desde que se estabelecesse o parâmetro de valor literário, e desde que este coexistisse, não mais era considerado despropositado e fora de contexto. Os ecos da geração “Beat” funcionam durante todo este tempo, como uma contra-alternativa cultivam as suas próprias ramificações, desde então, (por exemplo "hippies" "punks, " etc.).Também, o "Beat Generation" teve influência directa nos músicos de rock (a soletração de "Beatles" sobejamente conhecido; é um sinal disso mesmo.) este critério estabelece a necessidade que havia em promover uma estrela de Rock, revelando um estado de rebeldia.. A geração “Beat” pode ser vista, como o primeiro estado de contra-cultura,moderno e o primeiro movimento literário inteiramente americano desde o transcendentalismo.

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So Long Jack !!!


Jack Kerouac não se cinge ao facto de ser apenas um escritor, é simplesmente só; uma referência de vulto na época em que viveu, a incontornável forma simplista como este caracterizava as suas personagens em, "Pela Estrada Fora (On the Road)" é a descoberta da forma, mais pura de liberdade contínua e itinerante, duma juventude que procura incessantemente as suas próprias referências. Esta forma foi minuciosamente descrita, pela voz dum dos expoentes máximos da geração beat, sempre caracterizada por uma forma assumida, retendo na diferença, o facto de ser simplesmente diferente e arrojado, tudo o que se encontra descrito "Pela Estrada Fora" não parece ser premeditado ou inaudível, a fórmula é claramente espontânea, talvez o irreversível, acabe por ser o grande segredo, seja por esse, com que corações batessem em torno duma causa!? Talvez possa acreditar que o " Pela Estrada Fora" tenha sido o meu porto de referências, para um extenso conhecimento que partira daqui, este livro que anos atrás lera ocasionalmente acabou por se revelar que não estamos confinados a um único espaço, viajei com ele através de Dharma Bums, Maggie Cassady e Desolation Angels, entre outros.

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

SINAIS DE INQUIETUDE

Nesta noite nua,
Frio de saudade tua,
Vem lua adormecendo,
Os meus trôpegos passos,
O gesto único do abraço,
Onde morto cansaço
Se viveu mais um dia.

Hoje fiel de tudo,
Refiz o meu mundo, profundo
Em lagos de felicidade plena.
Tamanha será a nossa singularidade
Porque esta é pequena.

Acordei e demorei,
A lembrar-me do sonho passado.
Neste estio de vida contínua,
Caminho sem destino.
Num porto onde todos dias parto
Para universalidade de tudo.

Joaquim Quintas

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