quarta-feira, 26 de outubro de 2016

POUCA ALEGRIA



Eu que deambulo com pouca alegria
Passo o coração pelas coisas
Sem forma presente, faria!

Viagem que tão longe, parece.
E destino saudarei luz e canto
E cansado repousarei nesse jardim
Em que o sonho se abeira,
Sem que, curiosidade queira.

E que importa rosas que tragam,
Por breve o instante, se adiciona o gesto,
O brilho que os rostos têm, são o resto,
Da minha pouca alegria

A Redolência e o afago
Traz um rio largo
E as pedras que ignoram a sua passagem
Definham o terno adeus,
De encontro com o denso mar,
Dêem-me destino e encontro.

Joaquim Quintas
19/09/2016

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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

AMORAR

Amorar lívido
Palavra de contorno transitivo,
Se ao entoar o sentido que possa interessar,
E de tombos e mantos me cubram.
Antes de tudo, que nada diga.

E por mais encoberto sentimento esteja,
Ainda que me afronte,
Em noites de silêncio,
Terei a mestria única de saber sofrer,
Sem nunca o revelar.

Divida-se o mundo, em reais intenções,
E direções que se consentem,
Porque a mentira nasce e morre,
Nos dias em que vivemos.


Joaquim Quintas

02/09/16

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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

ROUBO



Outorga-se o roubo,
Depois dá-se-lhe cobro,
Plaina justiça de rogo traz,
Para tanto roubo pouco faz.

Depois de envolvimentos analisados
E pragas de intenções,
Tudo bem arquivado,
Fica o resultado,
De nada sabermos.
Três grandes hurras a tão pretenso estado.

Joaquim Quintas

24/08/2016 

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terça-feira, 23 de agosto de 2016

ESCUDELA

Em tempos se construí-o cidades e vilas,
Por tempos vive o pobre de escudela na mão,
De tempos dos pobres vive o rico,
E de ricas cidades são os tempos.
Que de tempos são pobres.

E pobre que não é rico,
Incessante é o seu aforro,
E terno o seu cantar,
Sibilai o longo caminho.
Oh rico Povo e cantai,
Os destinos de séculos,
Em grata voz uni-vos,
Em novos caminhos.

Joaquim Quintas
23/08/2016

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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

POVOS DESTROÇADOS


Ecumênico… Oh Povos destroçados,
Que não reconheceis, o afável sentido.
Única será Humanidade que profetizais,
Em Deuses esquecidos.
Vós, que escreveis a proemial história,
Aventeis motivos e labaras seitas,

Porquê? Não ser único.
Porque navegais em estreitos rios,
E margens medonhas
Porque destronais sonhos sentidos,
E evocais destrezas,
Onde a vergonha sorri,
Sem coragem 

Morrereis, sem nunca ter vivido.

Joaquim Quintas
27/07/2016

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domingo, 19 de junho de 2016

VIVER SEM FORMA



Se for de Mundo o que vivo,
Grandioso seja o meu tumulto,
Senão a simples revolta de tudo comtemplar.
Apenas grato por ter vivido,
Sem nunca ter morrido, um único momento.

Que farei eu?
Se tudo compreender,
Restando apenas um manto de estrelas.
Que ascenda de forma infinita,
A criação de tudo.


Joaquim Quintas
19/06/2016

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