Que Humanidade é esta?
Que se revisa numa intempérie de esperança,
E na razão ignóbil desgosta tudo o que perfilha,
Ateísmo, no seu próprio crer,
E lhe chama - FUTURO,
Sem acreditar em si mesma,
Sem uma única premissa que o justifique.
Que corações estes definham tão patético canto,
Ínfimos de dolorosas razões, e sem razão,
Ainda assim o cantam.
Que hinos dissonantes serão estes?
Evocando liberdades, sem razões presentes que afrontem, tal
consciência.
Que Mundo compõe e dispõe
Dando consentimento, em ser digno de verdade,
Um sofrimento ténue, com passado feito
de rostos e lágrimas.
Olvidar, é este um testemunho presente,
Um sol que cega tudo o que vejo,
Sem tempo nem definição,
E definido não se ajusta.
Joaquim Quintas
19/11/2015
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