sábado, 19 de dezembro de 2015

SÓFREGO ÂMAGO


Voltearei este sófrego âmago,
Numa bruma que predura,
Sem mar do que sinta e Ilha não veja
Ainda que o amor presinta,
Um desejo inabalável de ser e chegar
A tudo que possa parecer pranto,
E de medo tudo dizer e ouvir.

Que reflita imagens de mundo,
Acervo,tudo me hão-de tirar,
Apenas o puído manto, restará.
De tantos outros Invernos que passaram.
Sem que tempo desse por mim.

E se ainda tempo houver,
Franqueado o último ato de vida,
Voarei no derradeiro sonho,
De encontrar os lugares recônditos da tua alma,
Firmarei caminho, acreditando nos meus
próprios passos.


Joaquim Quintas
10/07/2016













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